A Deep Web
Aquele assunto que toda a gente fala e gosta de ouvir coisas sobre isso:
Não deve ser confundida com a Dark Internet, que está relacionada à porção da Internet que não pode ser acessada ou que se tornou inacessível por meios convencionais. Também não se confunde com a Darknet, que não é uma simples rede de compartilhamento de arquivos, mas uma rede subjacente ou em camadas, onde existem grandes esforços no sentido de se manterem anónimos os dados dos seus utilizadores.
Mike Bergman, fundador da BrightPlanet e autor da expressão , afirmou que a busca na Internet atualmente pode ser comparada com o arrastar de uma rede na superfície do oceano: pode-se pescar um peixe grande, mas há uma grande quantidade de informação que está no fundo, e, portanto, está a faltar. A maior parte da informação da Web está enterrada profundamente em sites gerados dinamicamente, não sendo encontrada pelos mecanismos de busca padrão. Estes não conseguem "enxergar" ou obter o conteúdo na Deep Web - aquelas páginas não existem até serem criadas dinamicamente como resultado de uma busca específica. A Deep Web possui um tamanho muito superior ao da Surface Web.
O risco da Deep Web é, basicamente, a intenção com que o usuário a acessa. Por conter páginas com conteúdo ilegal, as mesmas podem conter vírus, prejudicando a segurança do computador. Vale lembrar que ela também, por ser criptografada e anônima, é muito usada por criminosos.
Como é que eu entro na Deep Web?
1) Navegadores especiais
Não é apenas o TOR que acessa a Deep Web, mas também o I2P e o Freenet, que são os mais populares. Além deles, também se usa muito o LINUX, pela sua segurança.
Outras opções menos conhecidas são o Netsukuku, Freifunk, Funkfeuer, OneSwarm, GnuNet, RetroShare, Phantom, GlobaLeaks, Namecoin, OpenNIC, Dot-P2P, Guifi, AnoNet2, dn42, CJDNS, Osiris, FreedomBox, Telex, Omemo, Project Byzantium e Hyperboria, só para citar alguns. O TOR é o mais popular por criptografar seus dados, deixa-te “invisível”, mas até o Chrome ou o Firefox fazem isso.
2) Quando olhas para dentro do abismo, ele também olha dentro de ti
A Deep Web, em si, não é má. Afinal, ela é usada principalmente para o download de séries, filmes, livros, manuais e outros tipos de informação raras, e, no meio disso tudo, muita pornografia e coisas bizarras. Mas em quê, exatamente, isso difere da Internet normal? Na verdade, a Deep Web é apenas uma forma mais avançada de procurar coisas, e se não és uma pessoa perturbada normalmente, não vais encontrar nada de perturbador.
3) Vírus
Se estás a usar um navegador criptografado e á procura de coisas que não devias, que foram feitas para ser escondidas, qual achas que é a chance de um hacker ter deixado os seus “cães de guarda”, os vírus, a proteger as suas terras? Altíssima, é claro, mas, mais uma vez, se não fores atrás de conteúdo impróprio, não preencheres cadastros duvidosos e não fizer downloads sem se certificar de que a fonte é confiável, a probabilidade de infectar o teu PC é baixa, apesar de maior do que na rede comum. E, como dissemos, a Deep Web tem todo tipo de hacker, mas a maior parte dos navegantes são pessoas comuns, apenas curiosas.
4) Acessar a Deep Web é ilegal
Com afirmações esdrúxulas, como de que o FBI iria atrás de quem acessa a Deep Web ou que todo o conteúdo disponibilizado lá é ilegal, as pessoas criam tabus e um medo desproporcional com o conteúdo encontrado na rede, que, como dissemos, é muito mais manipulado por você mesmo do que pelos outros. Simplesmente acessar o Google enche a tua "tela" de fotos de crianças nuas, pesssoas mortas e monstros? Nem a Deep Web, que funciona exatamente da mesma forma.
Assim, se tiveres curiosidade, mas muito medo, faz como ensinamos: baixa o TOR, vai atrás de algo que pesquisarias no Google normal e repara na diferença entre os resultados – pode ser que ela nem seja tão grande assim!
Fonte: Fatos Desconhecidos.br
O próximo post vai ser sobre a CICADA 3301.